domingo, 22 de novembro de 2009

Jovem que matou policial militar em Araguari é executado com sete tiros

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Especial para o POL Luiz Muílla – Gazeta do Triângulo de Araguari

Três semanas após deixar a prisão, Fabrício Dias da Silva, de 25 anos, é executado a tiros, em Araguari. O crime ocorreu por volta das 21h desta sexta-feira, 20, na rua Padre Nicácio esquina com Bela Vista, no Bairro Amorim, distante cerca de 500 metros do local onde Fabrício matou o soldado da Nona Companhia de Polícia Militar Independente, Anderson José Fagundes, no dia 28 de abril do ano passado.

Segundo relato de testemunhas à polícia, dois homens passaram em uma motocicleta, sem maiores dados, e atiraram várias vezes contra Fabrício Dias, que se encontrava na porta de um bar. “Estava esquentando salgados no microondas, quando escutei o barulho dos tiros e vi o rapaz caindo e perdendo muito sangue. Não deu para notar quem fez isso”, contou o proprietário do estabelecimento.

Os bombeiros foram acionados, mas não acharam sinais vitais na vítima, que apresentava sete perfurações pelo corpo, quatro abaixo do braço esquerdo. A polícia não encontrou projéteis deflagrados no local dos fatos, no entanto, acredita que os disparos partiram de um revólver calibre 38.

“Ainda é prematuro afirmar a motivação do crime, mas, pelas características, pode ter ocorrido mais um acerto de contas entre rivais, até porque Fabrício era suspeito de participação em assaltos recentes no município”, declarou o delegado Fernando de Campos Storti, responsável pelo plantão na noite desta sexta-feira.

Segundo apurou a Gazeta do Triângulo, desde que deixou a prisão, Fabrício transitava normalmente pela cidade e teria sido reconhecido por algumas vítimas de assaltos. Ele estava morando na Rua Guanabara, no Bairro Amorim.

CONDENAÇÃO E FALHA

Fabrício Dias da Silva, também conhecido por Salgadinho, deixou o Presídio Regional Sebastião Satiro, de Patos de Minas, junto com Tarcisio Paulo Silva, no final de outubro passado. Eles ficaram recolhidos por 17 meses no Alto Paranaíba, após transferência do Presídio de Araguari.

O Ministério Público denunciou Fabrício e Tarcisio pela morte do soldado Anderson José Fagundes, durante assalto em um supermercado. O PM se encontrava à paisana e foi assassinado na frente de seu filho de 8 anos, que o aguardava dentro de um automóvel.

Os réus foram condenados por latrocínio (roubo seguido de morte) a 22 e 20 anos de reclusão, respectivamente, porém os advogados apelaram ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais, alegando nulidade do processo em face da falta de intimação da defesa para o interrogatório dos acusados e demais atos seguintes.

O relator da apelação acolheu o pedido dos defensores Cristiano Cardoso Gonçalves, Cláudia Lima Vinhal e Manuel Gonzaga de Oliveira Júnior, anulando o processo a partir do interrogatório dos acusados e teve seu voto acompanhado pelos demais membros da Terceira Câmara Criminal do TJMG. Em ato contínuo, determinou a soltura imediata dos réus. Os alvarás foram expedidos no dia 21 outubro em Belo Horizonte.

Os acusados foram interrogados pelo juízo da Comarca de Patos de Minas mediante expedição de Carta Precatória, sendo que a defesa não foi intimada para a audiência, tendo sido nomeado advogado dativo para o ato.

4 comentários:

  1. Não fará falta alguma à sociedade...

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  2. UBERLÂNDIA-MG, 23 de novembro de 2009.

    Prezados Srs.,

    (...)
    alegando nulidade do processo em face da falta de intimação da defesa para o interrogatório dos acusados e demais atos seguintes.
    (...)

    Estratégias, recursos...

    É absolutamente impressionante a capacidade e a facilidade que os Doutos possuem para liberar assassinos de jaulas, e a TOTAL IMPOTÊNCIA para dirimir em definitivo, questões de menor porte, com várias irregularidades Processuais apontadas, documentadas e FORMALMENTE DENUNCIADAS.

    Questão de HERMENÊUTICA, ou PARCIALIDADE & FAVORECIMENTOS em CORPORATIVISMO ?!

    Em tempo:

    - Sou absolutamente contra assassinos em liberdade, desta forma;
    - Sou absolutamente contra a aplicação da "Pena Capital".

    Embasamento:

    Desnecessário.

    - O assunto tornaria-se por demais REDUNDANTE.

    Atenciosamente,
    Janis Peters Grants.

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  3. ninguem deve jugar as pessoas pelos seus erros so deus... mais oq se faiz aque se paga ele pago com seu sangue por ter derramado outro sangue.

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  4. Nada a favor de justiçamento, nem vingança ou violência. Mas, quando a família falha, o Estado se omite na garantia aos direitos individuais e na execução das políticas públicas e o sujeito escolhe o pior (e mais fácil) caminho, só pode mesmo dar nesse tipo de coisa.

    E, pieguices e hipocrisia à parte, definitivamente os violentos, corruptos e sem ética não fazem qualquer falta à sociedade.

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