O deputado distrital do DF Geraldo Naves (DEM) discursou nesta quarta-feira (14) pela primeira vez desde que foi libertado da prisão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), na última segunda-feira. Naves apresentou sua versão sobre o episódio do bilhete com anotações do ex-governador José Roberto Arruda que ensejou sua prisão por suposta tentativa de suborno ao jornalista Edson Sombra.
"Fui procurado por alguém que me pediu ajuda, dizendo que não conseguia falar com o governador. Ele me disse que estava precisando de uma verba publicitária e me pediu para marcar um encontro com Arruda. Falei com o governador e ele foi anotando tudo que eu dizia. Ao final do encontro, o governador iria triturar as anotações mas eu pedi para levá-las comigo para não esquecer", relatou.
Naves rebate a versão dos advogados do ex-governador, que o acusam de ter levado o bilhete sem autorização de Arruda: "Um advogado veio dizer que eu peguei o papel inadvertidamente da mesa. É mentira. Levei com o consentimento do governador e depois recebi uma ligação daquela pessoa dizendo que a deputada Eliana Pedrosa (DEM) iria em sua casa e ele gostaria de mostrar o bilhete do governador a ela, para reforçar o pedido. Fui e deixei o bilhete com ele, apesar de não ter visto a deputada".
"Não sou réu, mas já cumpri pena. Foram dois meses de muito sofrimento e reflexão. Estive no inferno, numa cela com mais cinco presos, onde inundava quando chovia. Hoje eu digo que há que se tomar cuidado com anotações. Elas podem levar à prisão", frisou.
O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) solidarizou-se com o colega. "Passar 61 dias preso sem ser sequer denunciado é uma ofensa ao sistema jurídico", criticou
Tanta ingenuidade, chega a comover.
ResponderExcluirÉ com essa inocência toda que esses caras se metem a "administrar" a coisa pública???