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O PT de Minas Gerais pediu a expulsão do prefeito petista de Mutum, Gentil Caldeira, porque ele defendeu o "Dilmasia", voto em Dilma Rousseff (PT) para presidente e em Antonio Anastasia (PSDB) para governador.
No Estado, o PT apoiou a candidatura derrotada de Hélio Costa (PMDB), mas alguns prefeitos petistas trabalharam pelo tucano.
A Executiva do PT-MG decidiu pela expulsão de Caldeira na segunda-feira. O pedido será votado pelo Diretório Estadual no dia 4.
Outros quatro prefeitos --de Central de Minas, Andradas, Itaipé e Itinga-- também estão ameaçados por adesão ao "Dilmasia", mas, antes de expulsá-los, o partido vai ouvi-los em uma comissão.
Há ainda sete prefeitos que foram perdoados após pedirem retratação ao PT.
O caso do Mutum --cidade de 27 mil habitantes a 408 km de Belo Horizonte-- foi considerado "mais grave" pela legenda porque o prefeito "exagerou na dose, não tentou se justificar e saiu abraçado em fotos com Anastasia".
Segundo Cristiano Silveira, secretário de Assuntos Institucionais do PT-MG, há vídeos, testemunhas e documentos que mostram "evidências da infidelidade".
O prefeito disse à Folha que considera a decisão injusta, que vai lutar para ficar no partido e pedir ajuda ao presidente Lula.
Caldeira afirmou que apenas seguiu a orientação de seu "chefe maior", Lula, de priorizar a candidatura de Dilma. Com isso, apoiou o candidato a governador tucano para, em troca, PSDB e DEM na cidade apoiarem a presidenciável petista.
"Apoiamos o Anastasia na condição de os outros partidos apoiarem a Dilma", disse. A petista venceu na cidade.
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