quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Brasil só começou de fato a existir em 1808

Este ano de 2008 comemoramos os 200 anos da chegada da família real ao Brasil, com Dom João VI e comitiva. Aparentemente trata-se de um fato histórico que vimos nos livros de história, mas a realidade vai muito além. Este fato ocorrido em 1808, em que praticamente a sede do governo português passou, mesmo que temporariamente, a ser no Brasil trouxe benefícios relevantes sob todos os aspectos.
Acredito que o Brasil só começou a existir a partir de então. Ficamos por mais de 300 anos, a partir do descobrimento, como mera colônia de Portugal. Todas as regras de colonização, tudo que era produzido aqui, era enviado a Portugal.
Foram 300 perdidos e que hoje nos fazem falta, porque ficamos atrasados em relação ao resto do mundo. A chegada da família real ao Brasil, queiram ou não, foi benéfica ao país. A corte modernizou o país, principalmente a capital ( Rio de Janeiro na época), além de nos dar maior liberdade econômica e política - o Brasil deixou de ser colônia e se tornou reino unido a Portugal - dentre outros benefícios.
O Brasil começou a prosperar e poucos anos depois conquistamos a nossa Indepedência, com Dom Pedro. Foi assim o início praticamente da nossa história política, que teve seu período do Império até 1889, quando se instalou a República, outro passo importante na evolução política.
O voto, a principio, no século XIX, acreditem ou não, só era permitido para os brancos e ricos. As mulheres também só tiveram direito de votar a partir de 1934.
Aprendemos também nas aulas de ciência política da nossa professora Gleice Mara que a questão partidária foi crucial no Brasil, com muitas mudanças, eliminação dos partidos, criação de novos, ditadura da Era Vargas, regime militar com a revolução de 1964 e outros fatos mais recentes que todos já conhecem.
Uma história difícil, permeada de atraso político, cultural e econômico, em que seria quase impossível querer exigir mais neste momento, em que ainda temos que conviver com os apadrinhamentos, corrupção, roubo, falta de vergonha dos nossos homens públicos.
Contudo, nós os graduandos em gestão pública, queremos ver mudar muito em breve. A nova safra de homens e mulheres que vem por aí quer passar a história a limpo, buscando o avanço também nas instituições públicas.

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