Agestado
O atacante Adriano foi apresentado nesta quinta-feira como reforço do Flamengo, e pode estar em campo ainda neste mês. Segundo o vice-presidente de futebol, Kléber Leite, a programação com a comissão técnica foi feita para que ele possa estrear com a camisa da equipe no jogo contra o Atlético-PR, no dia 30, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.
"Na próxima segunda-feira, ela começa uma bateria de exames, e precisará de mais duas semanas para estar em condições. A tendência é que ele faça a estreia contra o Atlético, aqui no Maracanã", afirmou Leite, dizendo contar com o respaldo da comissão técnica para definir essa data.
Pouco antes, o próprio Adriano havia dito que não tinha previsão, mas que provavelmente só estrearia "no começo de junho". "Eu fiquei um tempo parado, não muito, mas o suficiente para perder um pouco do ritmo. Não estou muito acima do peso, tenho facilidade em emagrecer e só penso na felicidade em poder voltar a jogar", afirmou o atacante, sem esquecer de pedir o aval do técnico Cuca. "Espero que o professor possa me dar uma oportunidade pra jogar, porque não é assim, 'chegou e vai ser titular'."
Adriano, de 27 anos, havia rescindido o contrato com a Inter de Milão no começo de abril. Ele defendeu a seleção brasileira nos jogos contra Equador e Peru, pelas Eliminatórias, e não viajou de volta para a Itália, e depois deu entrevistas dizendo que se sentia infeliz e que pretendia parar um pouco com o futebol.
Nesta quinta, ele vestiu a camisa do Flamengo, com seu nome às costas e um ponto de interrogação no lugar do número, diante de um painel em que seu rosto, coberto de louros, aparecia alternado com as inscrições "Imperador do Rio" e "Voltei para vencer". Ele contou que não quis passar a Inter para trás, como muitos torcedores na Itália o acusaram, e sim procurar a felicidade que já não conseguia encontrar vivendo na Itália.
"Eu não disse que ia parar de jogar futebol, mas que precisava de um tempo para descansar e retomar minha vida. Consegui reconquistar essa felicidade muito rapidamente, porque isso vem muito rápido quando você está feliz, com sua família e os amigos, e quando vi que estava bem, pensei que devia fazer de tudo para voltar ao Flamengo", afirmou o jogador, que começou nas categorias de base da Gávea aos 7 anos, e subiu para o time principal com 18, em 2000, e foi vendido no ano seguinte para a Inter de Milão.
Só em 2004, porém, depois de ser emprestado a Fiorentina e Parma para ganhar experiência, é que ele passou a ser aproveitado pela equipe. "A Inter é um clube excepcional, todos têm muito carinho por mim, mas eu fiz uma escolha na minha vida. Não quis tentar me aproveitar, fiz isso de coração e acho que muitas pessoas podem não acreditar em mim. Quando eu saí da Inter, não era porque eu não estava me sentindo bem no clube, mas no país", explicou.
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