quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A rejeição do projeto de empréstimo na Câmara

Vejo com preocupação as bravatas em torno da não aprovação do projeto de empréstimo para a compra de máquinas para o município, no valor R$3 milhões. Sem querer entrar no mérito da questão, acho que as coisas precisam ser encaradas com mais naturalidade pelo poder Executivo. É preciso ter em mente um plano B, sempre.

Lamuriar por aí não levará ninguém a nada. Fazer jogo político imputando a responsabilidade aos três vereadores que não votaram com o prefeito talvez, momentaneamente, possa servir de defesa, num ato de lavar as mãos, como esse fosse o nosso único problema.

Se um empresário perdeu um bom cliente é lamentável, mas nem por isso ficar por aí lamentando vai resolver o problema. É preciso correr atrás de outro cliente para tentar minimizar o impacto.

Não queremos mais o óbvio, o mundo não trabalha mais assim. É preciso usar a criatividade e buscar os caminhos para a superação dos desafios. Da mesma forma a Administração Pública deve agir visando com isso tentar superar as adversidades.

Jogar pedra nos 3 vereadores não resolverá o problema, apenas os colocarão mais raivosos e prontos para novos embates, que precisam ser evitados. Contudo, no jogo democrático, sempre vai existir o contraditório.

4 comentários:

  1. Como agente público - temporário - conheci (na pele) os efeitos de não comungar com os interesses de terceiros. Principalmente quando são poderosos.

    Wilson tem razão. Num regime democrático é preciso respeitar a decisão soberana do parlamentar.

    Esses desencontros somente reforçam a necessidade de fomentar a participação da comunidade nas deliberações sobre políticas públicas, conforme previsto na Constituição Federal e no Estatuto da Cidade.

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  2. UBERLÂNDIA-MG, 29 de outubro de 2009.

    Prezados Srs.,

    DECISÕES MONOCRÁTICAS tem originado verdadeiros imbróglios em nossas vidas cotidianas.

    Preferível se faz, arcar com os custos de um democrático erro coletivo, a coadunar com atos que nos apresentam hipotético "lucro" (superávit) ao final da Gestão, sendo que sequer esquecemos do "prejuízo" (déficit) ocasionado por uma exorbitante e questionável Renúncia de Receita Fiscal...

    Por aí, até Robin Wood faz gol contra... tira dos pobres e concede aos ricos.

    Contrapartida da "coisa Pública" ?! Talvez.

    Atenciosamente,
    Janis Peters Grants.

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  3. Realmente, a opinião pública esta dividida, sobre este empréstimo do Prefeito Marcos Coelho.para a aquisição de máquinas.Ouvi a entrevista do Vereador Weslei no programa de Radio Planalto, me pareceu convincente o que , ele falou"cuidar primeiro da maquina humana", que esta um caos em Araguari.Realmente a Secretaria de Saúde, esta indo muito mal..num sei se é o Secretário, ou se é o Diretor ,ou se é o próprio Prefeito...mais que esta uma vergonha...não tem como negar.

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  4. Tema interessante. Políticas públicas: o que priorizar?
    É possível "viajar" na discussão. Adquirar máquinas ou terceirizar? Gastar com máquinas ou com a saúde?
    Chamo a atenção para alguns detalhes. Primeiro, dois desses vereadores apoiaram as terceirizações ilícitas e antieconômicas do governo passado. Logo, natural que permaneçam contra a prestação direta (pela Prefeitura) de certos serviços públicos.
    Segundo, estranho o posicionamento do vereador Tiãozinho. Afinal, se ele defende os interesses dos servidores, deveria votar pela aquisição do maquinário, uma vez que, cessando ou diminuido as terceirizações, deverão ser contratados novos servidores públicos, aumentando a força e a arrecadação do sindicato.
    Realmente, a "política" praticada no Brasil não é de fácil entendimento...

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