sexta-feira, 26 de março de 2010

Editorial do AGORA São Paulo

26/03/2010
Greve política
Uma parcela dos professores da rede estadual, em greve há 19 dias, vem se comportando de maneira injustificável.
Sob o pretexto de defender aumentos salariais, um grupo de agitadores comparece a cada aparição pública de José Serra (PSDB). Os manifestantes tumultuam as cerimônias, gritam, sopram apitos.
É claro que o trabalhador tem direito de fazer greve e lutar por aumentos salariais. Os professores de São Paulo, assim como seus colegas de outros Estados, ganham mal. Mas já está claro que não é disso que se trata.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, que organiza as manifestações, é ligado ao PT. Sua atual presidente é filiada ao partido.
Ao que tudo indica, José Serra já está em campanha. Ele quer se lançar como candidato à Presidência e tem participado de eventos públicos. Do outro lado, Dilma Rousseff, candidata do PT, faz o mesmo. Faz parte do jogo.
O que não dá para aceitar é que o sindicato, que quer ver Dilma eleita, use o pretexto de defesa da categoria para tentar desmoralizar publicamente o governador.
O próprio pedido de aumento da categoria, 34%, é irreal. O objetivo do sindicato parece ser prolongar a própria greve e, assim, criar uma situação prejudicial ao candidato tucano.
Também saem prejudicados os estudantes e muitos professores, que prefeririam uma negociação realista a esse impasse.
É muita irresponsabilidade do sindicato prejudicar a vida de tanta gente, inclusive dos próprios profissionais que deveria representar, só para travar uma guerra política.

Um comentário:

  1. E funciona assim mesmo. Neguim entra pra direção de sindicato, se perpetua no cargo, não presta contas a ninguém da gestão financeira, e usa o sindicato como trampolim eleitoral.

    Qualquer semelhança não é coincidência.

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