É inconcebível pensar numa cidade com mais de 100 mil habitantes que não trata seu esgoto. Araguari está no rol do atraso quando se fala em sustentabilidade e meio ambiente. Toneladas de esgoto são despejadas diariamente no córrego Brejo Alegre, que por conseguinte deságua no Rio Jordão e este cai no Rio Paranaíba.
Trata-se de uma cadeia de poluição, emporcalhando nossos rios, comprometendo os poucos mananciais para o presente e o futuro. E não é de hoje que isso ocorre. E o pior: a cidade cresce com novas empresas e mais habitações, cresce na mesma proporção a poluição jogada ali.
O assunto é tratado com distanciamento pelos nossos governantes locais, que estão mais próximos do problema. Preferem atuar no periférico, no holofote de uma pequena estação de tratamento num distrito ou num bairro. São parecidos com aquele mecânico que troca as velas de um motor fundido.
Infelizmente, Araguari vai completar 123 anos, sem uma estação de tratamento de seu esgoto. Difícil acreditar que um município bastante desenvolvido não se preocupe com isso, mas é a realidade. Ao longo do Rio Jordão acumula-se o grande volume de esgoto, comprometendo peixes, criação gado e animais ao longo de sua extensão e a rica flora, sem falar no homem que habita a região.
Pois é. E tem gente boa me afirmando que mesmo as estações de tratamento do distrito de Amanhece e o de Piracaíba não estão tratando o esgoto de verdade e que por enquanto são só de fachada. Vou verificar isso pessoalmente, neste governo desastrado não duvido de mais nada.
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