G1
A dona-de-casa Sebastiana Cunha, 65 anos, disse que não sabe o paradeiro do verdadeiro marido, o lavrador José Barbosa, 44 anos. Ela vive em Araguanã (TO) e descobriu, ainda no cortejo realizado nesta segunda-feira (9), que não era do marido o corpo no caixão. Agora, ela quer saber se o companheiro está vivo ou morto. O corpo sepultado será periciado para identificação.
De acordo com o Hospital de Doenças Tropicais de Araguanã, o lavrador foi internado com suspeita de tuberculose. Depois que o homem foi dado como morto, médicos aconselharam que o caixão fosse lacrado para o sepultamento.
"Ele saiu de casa com pneumonia e não foi morto com algum machucado nas costas, como aquela pessoa que estava no caixão. Não me sinto viúva porque não sei onde está meu marido", disse Sebastiana.
Ela afirmou ainda que a primeira desconfiança surgiu quando o caixão era levado para a sepultura. "O caixão tava muito pesado. Meu marido era magro e alto. A gente já estava desconfiando também que o caixão era pequeno demais."
O caixão com o corpo de Barbosa foi trazido pela funerária de uma cidade vizinha.
Reconhecimento
Ainda segundo o hospital, parentes e amigos não reconheceram o corpo porque, durante a internação, Barbosa tinha cortado a barba e os cabelos. Porém, a explicação não convenceu.
“O meu marido é mais moreno, tem cabelo crespo e usava barba. O defunto tinha cabelo liso, era magro e tinha a pele mais clara", disse Sebastiana.
Segundo os amigos do lavrador, o funcionário da funerária abandonou o caixão no meio da rua quando disseram que o corpo não era de Barbosa.
O delegado Euclides da Mota Silva determinou que a urna fosse levada até o cemitério. O corpo foi sepultado durante a madrugada desta terça-feira (10). Ele vai pedir um laudo para tentar identificar o defunto.
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