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Com foguetório na rua, a Câmara Municipal de Bela Vista de Goiás, interior goiano, deu posse nesta sexta-feira aos primeiros dois suplentes beneficiados pela criação de mais 7.623 vagas de vereador no país.
Com 22 mil habitantes, a cidade viu o Legislativo municipal crescer de nove para 11 cadeiras, e passou a contar com um representante que recebeu menos de 400 votos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para impedir a convalidação da posse de suplentes e adiar a multiplicação de cargos para as eleições de 2012.
A posse dos suplentes contraria o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de que as novas regras só valem para 2012. Nesta semana, o presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, já afirmou que a eventual posse de suplentes eleitos no ano passado poderia ser contestada na Justiça .
O presidente da Câmara de Bela Vista de Goiás, Eliézer Fernandes (DEM), que também preside a União dos Vereadores de Goiás, no entanto, festejou o "pioneirismo":
- Foi um sucesso. Nossa cidade tem a terceira maior bacia leiteira do estado e precisava de mais representatividade. Sinto-me como alguém que deu o exemplo ao país.
Segundo ele, a população não gostou, mas ele diz ter convencido boa parte dos eleitores:
- Ontem mesmo participei de um programa de TV e fui nocauteado ao defender o aumento de vagas, mas isso muda quando a gente explica corretamente para as pessoas. Se deixar, o povo também defende o fim do Senado e da Câmara.
Dono de 365 votos na eleição municipal de 2008, o ex-suplente Luiz Pontes (PR) comemorou a promoção a titular. O outro empossado foi André Luiz Oliveira (PT), que recebeu 432 votos.
comovente, o espírito público desse pessoal...
ResponderExcluirComo disse o vereador, a cidade tem uma das maiores bacias leiteiras do estado. Logo, ele deve ter pensado que mais pessoas poderiam mamar nas tetas do Município.
ResponderExcluirEssa notícia comprova o que venho afirmando. Em matéria de picaretagem, as Câmaras e Prefeituras de pequenas cidades não são muito diferentes dos Legislativos Federal e Estadual, bem como dos demais níveis de Governos. Obviamente, podem mudar as cifras, mas a intenção de "levar vantagem" é a mesma.