Valor Online
SÃO PAULO - Além da questão envolvendo as commodities e o euro, a formação da taxa de câmbio nesta quinta-feira teve forte componente especulativo contra o real. A explicação é do gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo. Tem uma onda de posições contra o real nesses últimos dois dias.
Hoje, o dólar fechou acima do importante patamar psicológico de R$ 1,80, preço não observado desde janeiro deste ano, quando em um espasmo de alta a divisa bateu R$ 1,830.
Ao final do pregão, o dólar comercial era negociado a R$ 1,816 na compra e R$ 1,818 na venda, valorização de 1,67%. Em nove sessões realizadas no mês de setembro, o dólar caiu em apenas uma. Com isso, já acumula valorização de 11,19%, no mês.
Na roda de pronto da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) a moeda fechou com valorização de 1,51%, encerrando a R$ 1,814. O volume financeiro somou US$ 144,50 milhões, queda de 34% sobre o registrado ontem.
Galhardo lembra que em poucos minutos de pregão a divisa subia mais de 2,8%, batendo R$ 1,839 na máxima do dia. Ainda de acordo com o especialista, outros fatores contribuem para a percepção de atuação contra a moeda brasileira.
Entre segunda e terça-feira, foram perceptíveis algumas movimentações de remessas para fora do país, o que justifica, de alguma forma, a alta no preço da moeda. Mas entre ontem e hoje, não foi verificado tal movimento. Contribuindo para essa visão está o baixo giro interbancário, de cerca de US$ 2,5 bilhões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário