Metade do prêmio de R$ 55,5 milhões do concurso 898 da Mega-Sena, que foi sorteado em setembro do ano passado, permanece bloqueada pela Justiça. Duas apostas, uma de Rondônia e outra de Santa Catarina, dividiram o prêmio total.
À época, a Caixa Econômica Federal informou que o portador do bilhete é considerado o proprietário do prêmio. Um comerciante de Joaçaba (SC) chegou a resgatar parte da bolada de mais de R$ 27 milhões, mas seu empregado não concorda.
O marceneiro Flávio Biassi garante que deu o dinheiro e os números para a aposta e acusa o patrão de ter feito o jogo e não ter dividido o prêmio com ele. A polêmica sobre o verdadeiro dono da bolada começou logo após o anúncio dos ganhadores.
O comerciante conseguiu sacar pouco mais de R$ 2 milhões e quitar algumas dívidas. Biassi entrou na Justiça e o dinheiro foi bloqueado.
Divisão
A Justiça chegou a determinar a divisão do prêmio, em junho deste ano. Mas os advogados de ambas as partes recorreram. Na semana passada, o juiz Edemar Gruber decidiu que o valor de pouco mais de R$ 25 milhões deve permanecer bloqueado. "Tentamos, diversas vezes, que as partes fizessem um acordo amigável. Como isso não foi possível, entendo que o mais justo é deixar o valor bloqueado", disse ao G1.
Gruber entende que a medida protege quem quer que seja o vencedor da disputa. “Acredito que é uma forma de resguardar o valor de um possível descuido financeiro. Parado, o valor recebe correção monetária e rende juros.”
Paradeiro
Segundo o irmão do comerciante, o suposto dono do bilhete retomou o trabalho com a serraria na região de Joaçaba e fez algumas viagens pelo país e pelo exterior. Em abril deste ano, ele testou novamente a sorte e venceu duas vezes em cassinos na Argentina e no Paraguai. O valor dos dois prêmios chegou a US$ 3,5 mil, de acordo com o irmão.
Os advogados de Biassi disseram que ele também está na região de Joaçaba, mas não informam se voltou ao trabalho e em qual cidade está vivendo.
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