quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Conhencendo sobre Jetro

No nosso culto de formatura, do curso de Gestão Pública, o pastor Fabrício Baltazar, da Igreja Presbiteriana, nos falou muito sobre Jetro, personagem da Biblia, que foi o primeiro homem a defender o povo, apontando falhas no sistema de gestão, à epoca sob o comando do seu genro Moisés.
Leia matéria do blog culturaeeducacao.blogspot.com

AS LIÇÕES DE JETRO!

Jetro, sacerdote de Mídia, teria se aborrecido ao aguardar durante o dia inteiro, em uma fila, a oportunidade para falar com o genro, Moisés.

Quando, após a longa espera, viu Moisés à sua frente, questionou, sem meias palavras:

-Que é isto que fazes ao povo? Por que te assentas só, e todo o povo está em pé diante de ti, desde a manhã até o pôr-do-sol?

Ao obter a resposta, ficou mais impaciente ainda. Moisés tentou explicar a longa fila argumentando que a ele acorria todo o povo em busca de solução para seus problemas. Jetro então orientou que Moisés escolhesse, dentre seus homens mais capazes e que não comungassem da avareza, líderes do povo, que seriam designados chefes de 1.000, chefes de 100, chefes de 50 e chefes de 10. A esses chefes caberia a resolução dos problemas de mais simples solução, restando a Moisés somente os que passassem pela peneira da hierarquia dos líderes, os problemas de natureza mais complexa.

Ao atender ao conselho do sogro, Moisés estabeleceu um dos primeiros arranjos organizacionais que se tem referência na civilização.

A um só tempo descentralizou a gestão, hierarquizou o comando e o nível das decisões, delegou competências, incorporou os mais aptos no processo gerencial, conseguindo impregnar a administração do Êxodo de racionalidade, de eficácia.

No período que se estende de 4.000 a.C a 2.000 a.C, os egípcios perceberam as vantagens do planejamento e desenvolveram técnicas eficazes de organização e controle, estimulando a descentralização nas suas organizações.

Apesar do aprendizado humano nessa área remontar a períodos tão distantes, como demonstram os exemplos descritos, no Brasil muito pouco avançamos nesses setores.

É raro o cidadão comum recorrer a uma instituição qualquer, pública ou privada, sem que seja submetido a uma via sofrida e tortuosa de filas e esperas, mais filas e mais esperas. E quando de desvencilha de um setor, lá vai ele enfrentar fila em novo departamento.

Nas repartições públicas, as filas se multiplicam como erva daninha. Rompem em todos os departamentos e setores, desdenhando e fazendo pouco caso dos contribuintes, dos cidadãos.

Num mundo globalizado em que as relações econômicas e financeiras se processam em tempo real, todos nos tornamos escravos do sistema bancário. A agência bancária é, sem dúvida, o lugar onde amargamos as mais longas e estressantes filas, o lugar onde percebemos nossas vidas se perder como areia escapando dentre os dedos. Ao contrário de diminuir, à medida que passam os anos, as filas se tornam mais longas e estressantes.

Em 1994, os 11 maiores bancos do país tiveram um lucro de R$ 1,3 bilhão. Passados nove anos, em 2003, esses mesmos bancos acumularam lucro da ordem de R$ 13,8 bilhões, um incremento de mais de 1.000%. Se uma parte desses lucros - irrisória que fosse - tivesse sido aplicada na erradicação das filas e na qualificação do atendimento ao cliente, o problema estaria solucionado ou ao menos reduzido a um tamanho administrável.

Um comentário:

  1. Foi muito bom ouvir sobre a experiência de um homem que há tanto tempo atrás entendia muito bem de gestão e pode deixar pra nós esse exemplo na Bíblia.

    Aproveito para deixar registrado aqui os parabéns pela sua formatura!!!! Muito sucesso!!!

    Beijos
    Simone

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