quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Pescoço de frango custa R$ 7 para a Prefeitura


Correio de Uberlandia
A vereadora Liza Prado (PSB) entrou anteontem com representação contra a Prefeitura de Uberlândia na Promotoria de Justiça Especializada na Defesa do Patrimônio Público, discordando do preço pago pelo quilo de pescoço de frango utilizado para alimentar animais do Zoológico Municipal. De acordo com o contrato 017/2009, a Prefeitura pagará R$ 25.826,00 pelo fornecimento de 3,7 mil quilos de pescoço de frango neste ano, ou seja, cada quilo do alimento custará R$ 6,98.

“O Município está pagando pelo quilo do pescoço de frango o valor de um frango inteiro. Fizemos uma cotação de preços e encontramos o quilo deste produto por menos da metade do preço que está sendo pago”, afirmou Liza Prado.
O líder do Executivo na Câmara de Vereadores de Uberlândia, Wilson Pinheiro (PPS), disse que a empresa fornecedora do produto, JR Distribuidora de Gêneros Alimentícios, de Iraí de Minas, foi escolhida por meio de licitação disputada por sete empresas. “Apenas uma destas empresas ofertou o produto por um preço menor. No entanto, a empresa não apresentou a origem nem a data de validade do alimento e, por isso, foi desclassificada e não recorreu”, afirmou o vereador.

Wilson Pinheiro, no entanto, concorda que o valor está acima do praticado no mercado. “Mas, temos que lembrar que não é possível comprar grandes quantidades do produto em qualquer açougue ou supermercado da cidade. Por isso, a Prefeitura está buscando alternativas para substituir este produto”, disse.

O líder do prefeito afirmou ainda que não há possibilidade de o contrato de fornecimento ser cancelado, pois a licitação seguiu todos os trâmites legais. “Pode ocorrer que o contrato não seja realizado. Por semana, os animais consomem 70 quilos de pescoço de frango, mas o contrato não obriga a Prefeitura a comprar toda essa quantidade. A compra continuará sendo feita, até que seja possível trocar o alimento por outro que atenda às necessidades dos animais.”

O promotor Luiz Henrique Borsari informou que já abriu inquérito para apurar o caso e requisitou à Prefeitura toda a documentação sobre a licitação que escolheu a empresa fornecedora do produto. O Município tem 15 dias para prestar as informações.

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