Do CCBE
O Consórcio Capim Branco Energia (CCBE) inicia o monitoramento do Puma Concolor, popularmente conhecido como onça parda. O principal objetivo do projeto é avaliar a situação da espécie na área de Influência do Complexo Energético Amador Aguiar e, a partir dos resultados obtidos, elaborar um plano de manejo adequado à sua preservação.
Este trabalho contempla uma das fases do Programa de Monitoramento de Espécies Ameaçadas de Extinção, condicionante da Licença de Instalação (LI), proposto pela Fundação Estadual de Meio Ambiente (FEAM). Nessa etapa, as ações compreendem o estudo dos aspectos ecológicos e comportamentais da onça parda, e pode incluir a amostragem de pequenos felinos como a Jaguatirica (Leopardus pardalis).
Após a organização do plano de trabalho e solicitação de Licença junto ao Centro Nacional de Pesquisas para a Conservação dos Predadores Naturais (CENAP) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), os biólogos responsáveis pela pesquisa preparam-se para a instalação de armadilhas fotográficas.
Estes equipamentos serão colocados em pontos estratégicos, como Áreas de Reserva Legal e na Unidade de Conservação Parque Estadual do Pau Furado. “O registro fotográfico dos animais é efetuado por intermédio de um sensor de calor, e permite estimar tanto a densidade populacional da onça parda como de várias outras pertencentes à fauna nativa da região”, explica a bióloga do CCBE Simone Mendes.
Após o diagnóstico com os registros fotográficos, entrevistas com proprietários rurais e análise de fezes coletadas na área de estudos, o grupo de pesquisadores partirá para tentativa de captura de três onças parda e cinco jaguatiricas para marcação e implantação de rádios-colares (GPS).
O trabalho será desenvolvido ao longo de 24 meses e apresenta também como objetivo estimar a área de vida e verificar o uso do habitat desses felinos na região influenciada pelo Complexo Energético Amador Aguiar. “Outra finalidade importantíssima do projeto é promover através da educação ambiental a desmistificação de preconceitos errôneos a respeito dos mamíferos carnívoros e divulgar a fauna do Cerrado”, finaliza a bióloga.
Nenhum comentário:
Postar um comentário