domingo, 18 de janeiro de 2009

A Liberdade de Imprensa e os aduladores de plantão


A liberdade de imprensa não anda nada famosa na América do Sul. Os vários governos de esquerda instalados na maior parte do continente vêm fazendo uso de uma ampla gama de instrumentos para pressionar – digamo-lo ‘gentilmente’ – as vozes discordantes. A Constituição de 1988 é clara “O inciso IX, do artigo 5º, da Constituição, estabelece que é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. O artigo 220, que a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição. O parágrafo 1º, que nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social. E o parágrafo 6º, que a publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de autoridade. Portanto, a Constituição brasileira é auto-aplicável em relação aos direitos e garantias fundamentais de liberdade de expressão e imprensa.”
Entretanto, impera em vários segmentos a tentativa de manipulação da consciência daqueles que procuram divulgar a verdade. Políticos, em todas as esferas, boicotam, censuram, compram, perseguem e aí por diante.
Nos grotões do Brasil existem casos de violência, onde políticos usam da força e até de atos violentos para tentar impor suas vontades, o seu pensamento. Há informações de que em alguns lugares os políticos querem que todos os órgãos de imprensa pensem igualmente, jogando ‘confetes’ o tempo todo, como se isso fosse uma forma de melhorar a sociedade e de contribuir com sua ação.
Nicolau Maquiavel(FOTO) , pensador e conselheiro político que viveu há cinco séculos (1469 a 1527), já dizia em seu livro “O Príncipe”: a bajulação é uma peste, cuidado com os bajuladores. E mais: “o único modo de evitar as bajulações consiste em que as pessoas entendam que não o ofendem por dizer-lhe a verdade."
Maquiavel também alerta que quando um líder não se protege da adulação ele consequentemente se priva de conselhos verdadeiros sobre suas ações. O adulador, ao invés de identificar problemas e propor mudanças nas decisões que o líder toma, limita-se
a concordar com ele, exaltando seus feitos. E é assim que a bajulação mostra-se uma “peste” a se combater. Os aduladores levam o Príncipe a acreditar numa realidade fantasiosa e cor-de-rosa.
“Toda Unanimidade é burra” é um das frases mais famosas de Nelson Rodrigues, o grande dramaturgo brasileiro. Se todos concordarem com você, dizia ele, alguma coisa está errada pois "toda unanimidade é burra". E ele apenas repete o ditado latino que afirma – "cada cabeça, uma sentença".
Não há dois seres humanos iguais. Desde a constituição genética até temperamento e caráter diferem de uma pessoa para outra. Assim, é preciso entender que é uma absurda pretensão querer que todos concordem com você, que pensem como você, que entendam as coisas e os fatos como você, que acreditem em você.
Assim é a vida entre humanos. Quem não compreende essa verdade absoluta sofre a faz sofrer os que com ele ou ela convivem.
Por isso, é preciso respeitar a adversidade, que pode ajudar mais do que os aduladores de plantão. Os elogios dos aduladores embriagam e entorpecem o espírito crítico.

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