A história política de Araguari vira uma página. Sai Marcos Antônio Alvim, que durante 8 anos esteve no poder, e entra Marcos Coelho Carvalho, eleito em outubro com cerca de 27 mil votos. Dizem que a letra ‘M’ tem sido persistente e mantido a tradição dos prefeitos que começam com a mesma: Mãe Preta, Miguel, Milton Lima, Marcos Alvim e Marcos Coelho.
Muitos avanços foram notados no governo Marcos Alvim, sobretudo em obras estruturais, envolvendo sobre redes de água e esgoto; as obras das galerias pluviais da região do Independência, Santa Terezinha, avenidas Belchior de Godoi e Mato Grosso foram de suma importância para evitar os alagamentos em vários pontos da cidade.
Muitas obras também foram prometidas e não foram realizadas, como exemplo o chamado Trem Turístico. O Hospital que foi entregue e não funcionou. Investiu-se muito em saúde, mas não conseguiu amenizar a situação. Investiu-se muito em empreiteiras, mas a cidade terminou suja e esburacada.
A queda da avenida Teodolino foi, sem dúvida, um grande baque na administração Marcos Alvim. Mesmo sem ter investido recursos do município na reconstrução, o acontecido acabou por absorver muitas energias da Administração Municipal, naquele momento focada em outros projetos. Foram meses tentando buscar os recursos para a reconstrução, acabando por prejudicar a própria canalização do restante da via nas imediações da Casa Lopes e os demais projetos.
A falta de planejamento também levou o governo a errar cálculos na implantação do plano de cargos e salários e agora no apagar das luzes deixando cerca de 9 milhões entre folha de pagamento e fornecedores, para serem pagos pela nova Administração, além da terrível situação da nossa malha viária urbana.
Perdeu-se o foco, principalmente pela fragilidade dos assessores, que tiveram participações dignas de serem mantidas no esquecimento. A Secretaria de Obras não funcionou, nem na cidade nem no campo. A saúde foi tomada por gastos mirabolantes, mas sem resultados satisfatórios. O desenvolvimento praticamente não existiu, pois foram poucos os empreendimentos conquistados com trabalho efetivo da Prefeitura. Basta ver a situação do nosso Distrito Industrial, em agoniza há vários anos. Ponto para a Educação, que graças aos recursos do FUNDEB e a competência do pessoal, conseguiu bons avanços.
O chamado plano de cargos e salários e o concurso público realizado no ano passado transformaram-se em armas mortais contra a própria Administração. Os servidores não ficaram satisfeitos, travou-se a uma disputa entre Sindicato e Prefeitura, queriam trabalhar só seis horas. O desgate foi grande. O concurso foi lastimável, tratou-se o processo de forma amadora, onde não se buscou uma empresa especializada para promover o mesmo, transformando-se num grande pesadelo, de desinformação e trapalhadas diversas até o cancelamento.
Mais uma vez devo repetir que faltou planejamento e definição de prioridades. Um município como Araguari, com mais de 100 mil habitantes, não pode mais ser governado com base no “achismo”. É preciso ser trabalhado com seriedade e principalmente PLANEJAMENTO. Enquanto não houver um gestor que se adeque a esta situação vamos continuar perdidos. Já diz um velho ditado: quem não sabe aonde vai, certamente não chegará a lugar algum.
O novo modelo de Administração já chegou e com ele muitos problemas a serem resolvidos. E pelo ‘andar da carruagem’ continuaremos no mesmo caminho, sem saber pra onde ir. Faltam técnicos capacitados e mais uma vez a Secretaria de Planejamento tornou-se apêndice da pasta de Administração. Infelizmente não se tratam as coisas com coerência e responsabilidade, permanecendo a vontade e força, mas sem o caminho.
Os primeiros dias já mostram despreparo da grande maioria, pois com certeza não fizeram o dever de casa. Ou seja: não sabem o que se passou no processo de transição, pois demonstram desconhecimento das mínimas coisas.
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