sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sete mil casas populares vão receber aquecedor solar em MG

Os aquecedores deverão ser implantados também em Araguari, que recebeu 244 casas da Cohab, através do Conjunto Alan Kardec

As casas construídas pela Cohab no âmbito do Programa Lares-Habitação Popular (PLHP) são destinadas a pessoas que têm renda mensal entre um e três salários mínimos. Normalmente, as famílias beneficiadas são formadas por um casal com um, dois ou três filhos. Porém, muitas vezes, outros parentes também moram juntos na mesma casa-padrão adotada pela companhia, o que faz aumentar as despesas com consumo de energia, principalmente no chuveiro elétrico.

Preocupada com a situação econômica das famílias atendidas em geral pelo PLHP e, particularmente, as mais numerosas, a Cohab e a Cemig, com o apoio do Grupo de Estudos em Energia da Pontifícia Universidade Católica de Minas (Green), têm trabalhado para a redução do gasto doméstico com energia elétrica, por meio da implantação de aquecedores solares nas casas populares. Após experiências anteriores bem sucedidas, esse avanço foi estendido ao Lares Geraes e se tornou parte integrante do próprio programa habitacional do Governo de Minas.

As experiências iniciais de adoção de energia solar em conjuntos habitacionais ocorreram a partir do final dos anos 90. As primeiras famílias de mutuários da Cohab a receberem o equipamento foram os donos das 107 casas do Conjunto Habitacional Maria Eugênia e das 116 casas dos CHs Soter Inácio Ramos, AR II e AR III, todos em Governador Valadares. Outro projeto importante foi no ano 2000, ao instalar 100 aquecedores no Conjunto Habitacional Sapucaias, município de Contagem, mediante convênio com a Procel e a Eletrobrás.

Em dezembro de 2002, Cohab e Cemig assinaram um convênio mais amplo e, três anos depois, o Conjunto Habitacional Bairro Esplanada, em Candeias, foi o primeiro empreendimento do PLHP a receber o aquecedor solar nas suas 88 unidades. Ao longo do ano de 2007, outros 962 equipamentos foram instalados em outros conjuntos habitacionais de diferentes municípios.

Economia

Entre 30% e 40% de redução do consumo de energia elétrica. Esse é o percentual aproximado da economia que a instalação do aquecedor solar proporciona a uma família de quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, moradora de um conjunto habitacional do PLHP. Em dinheiro, a economia mensal pode chegar a até R$ 80, e a família beneficiada pode usar esta economia em outras despesas domésticas, melhorando a sua qualidade de vida na alimentação, compra de material escolar, vestuário, no pagamento da prestação da casa e até na aquisição de aparelhos eletroeletrônicos. Por essa razão, o presidente da Cohab, Teodoro Alves Lamounier, classifica o projeto do aquecimento solar como “instrumento de redistribuição de renda”.

Um comentário:

  1. Infelizmente, o "Alan Kardec", ao contrário de sua informação, não receberá o benefício do aquecedor solar. O equipamento será instalado apenas a partir dos novos empreendimentos da Cohab (veja notícia no www.jornaldearaguari.com)

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