terça-feira, 13 de maio de 2008
120 anos de abolição da escravidão no Brasil
Hoje, 13 de maio de 2008, comemora-se 120 anos da libertação da escratura no Brasil, com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel Cristina. Mas você sabe quem foi esta tal Isabel?
Pois bem: o nome dela é Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon. Filha de Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina. Nasceu no Rio de Janeiro em 29 de julho de 1846 e faleceu em 1921, em Paris.
Foi princesa imperial do Brasil e regente do Império do Brasil por três ocasiões, na qualidade de herdeira de seu pai, o Imperador D. Pedro II e da Imperatriz Dona Teresa Cristina. É considerada a primeira chefe de estado das Américas, tendo sido uma das nove mulheres a governar uma nação durante todo o século XIX. Foi cognominada a Redentora por ter abolido a escravidão no Brasil. Após o casamento seu nome completo passou a ser Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orléans e Bragança.
Postura política
Liberal, a princesa uniu-se aos partidários da abolição da escravidão. Apoiou jovens políticos e artistas, embora muitos dos chamados abolicionistas estivessem aliados ao incipiente movimento republicano. Financiava a alforria de ex-escravos com seu próprio dinheiro e apoiava a comunidade do Quilombo do Leblon, que cultivava camélias brancas, símbolo do abolicionismo.
Conforme o artigo 46, capítulo 3, título IV, da constituição brasileira de 1824, os Principes da Casa Imperial são Senadores por Direito, e terão assento no Senado, logo que chegarem á idade de vinte e cinco annos. Dessa forma, em 1871, D. Isabel Leopoldina tornou-se a primeira senadora do Brasil. Há que se notar que foi a única a desfrutar desse dispositvo constitucional, haja vista que todos os príncipes do Brasil que a antecederam ou morreram antes dos vinte e cinco anos, ou se casaram com estrangeiros e partiram do país, à exceção de seu pai, que assumiu o Trono aos catorze anos de idade. Depois dela, a ordem constitucional do Império caiu antes que os príncipes porvir pudessem tornar-se senadores.
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