Hoje, 21 de maio, comemora-se no calendário brasileiro o dia da Língua Nacional. Entretanto, qual é mesmo a nossa língua? Fico aqui e pensar comigo, que língua mesmo é a nossa no Brasil.
Poderíamos remontar ao descobrimento que iríamos já nos deparar com a língua dos que chegaram e dos que já estavam na terra brasileira, os indígenas. A língua dos nossos verdadeiros habitantes era muito diferente e em algumas tribos ainda se mantêm esse modo diferenciado de se comunicar.
Após mais de 300 anos, Dom Pedro decidiu que a língua que falamos
é a língua portuguesa. E os efeitos desse jogo político, que nos
acompanha desde a aurora do Brasil, nos faz oscilar sempre entre
uma língua outorgada de Portugal e uma língua
nossa, que falamos em nosso dia-a-dia, a língua brasileira.
Acredito num distanciamento entre aquela língua imposta pelo Rei e a nossa que criamos aqui. Pode-se até dizer que a língua brasileira é aquela que o povão usa para se comunicar; e em paralelo existe o português, a língua imaginária.
Este paradoxo faz parte da convivência de todos, na escola, no trabalho, nas ruas, nos bares.
Destarte, nem português, nem brasileiro. Hoje, falamos a língua a língua nacional. E por isso podemos comemorar hoje a nossa “língua nacional” que foi criada pelo povo, no cotidiano. O brasileiro tem mesmo essas características: ser criativo ao ponto de modificar a própria língua, que um dia o Rei mandou que fosse a nossa língua.
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