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Depois de vender o litro do álcool a R$ 1,27, na semana passada, os 102 postos de abastecimento de Bauru (SP), começaram anteontem uma guerra de preços. O produto é encontrado a R$ 0,89 o litro na maioria das bombas e a justificativa dos comerciantes é que baixaram o preço porque seus concorrentes diretos também o fizeram.
Segundo Wagner Siqueira, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, apesar de estar entrando o período da safra da cana, não há uma explicação lógica para a baixa de preço, pois as distribuidoras entregam o álcool ao preço de R$ 0,90 a R$ 0,96 o litro para os postos, que também têm despesas para vendê-lo ao consumidor.
Donos de postos, que pedem para não ser identificados, garantem que conseguem preços menores do que o anunciado pelas distribuidoras e, com isso, podem fazer promoções e atrair clientela. Siqueira diz que alguns donos de postos "trabalham de uma maneira destinada a destruir os outros" e não deveriam estar no segmento, pois acabam desequilibrando o mercado e levando os mais fracos à falência.
O sindicato reclama da falta de regulamentação para o preço e margens de lucro na comercialização dos combustíveis, o que estaria favorecendo aqueles que estão de passagem pela atividade e, muitas vezes, não pagam corretamente seus impostos e outras obrigações, e deixam seqüelas no setor. Desde a sexta-feira chegam a se formar filas nas bombas de álcool, pelos motoristas que querem aproveitar o preço antes de os preços subirem.
Paradoxalmente, nos últimos anos, donos de postos responderam a um processo - que conseguiram trancar na Justiça -, acusados de formação de um cartel que, segundo as denúncias, mantinha os preços dos combustíveis mais altos que a média geral.
Wilson, infelizmente esse é um problema antigo de Bauru e parece que ninguém quer resolver.
ResponderExcluirOs postos mantém apenas uma diferença de poucos centavos, uns dos outros, é costume conhecido. Não há concorrência de preços e o combustível é sempre uma droga, seja álcool ou gasolina, posto de bandeira ou não.
E de nada adianta os consumidores reclamarem.
A mídia também faz vistas grossas, como as autoridades, e assim vamos vivendo.