O sistema eleitoral brasileiro a cada ano está favorecendo para que a força do poderio econômico continue influenciando de forma decisiva no processo. Acabou-se com os shows, com as placas de outdoors e com os brindes, mas permite-se uma avalanche de pagamentos indiscriminados, sem nenhum controle a pessoas que se dizem cabos eleitorais ou "formiguinhas" e ainda dificultou-se a visualização dos gastos de campanha.
Se buscarmos o site do TSE para que tenhamos contato com as prestações de contas vamos nos deparar com esta situação. Não há o mínimo controle sobre o que se pagou e para quantas pessoas foram pagas. Há em prestações de contas de candidatos de Araguari onde se registram mais de 1.500 pagamentos dessa natureza.
Esta forma de pagar pessoas físicas descontroladamente é abusiva e põe em cheque o equilíbrio que devia ter o pleito eleitoral, sobretudo no âmbito das eleições municipais.
Outra preocupação sobre o que citei em termos de favorecimento do poderio econômico pode ser visto ao acessar a prestação de contas dos candidatos às eleições de outubro último. O Tribunal dificulta o acesso, utiliza linguajar muito técnico e não dimensiona os gastos e receitas totais de cada candidato. Simplesmente são feitos os lançamentos.
Quem ousar somar as imensas listas de gastos, por exemplo, vai ficar horas e mais horas tentando achar o montante total.
Este sistema não traz transparência ao processo eleitoral e gera dúvidas no cidadão comum sobre como se gastou o dinheiro na campanha, quem são os doadores e o pior: por que se esconde o montante total de cada um?
Em eleições passadas o sistema apresentado na página do próprio TSE era bem claro e definido, onde qualquer cidadão, mesmo leigo em contabilidade ou semi-analfabeto digital conseguia decifrar os números.
O que teria ocasionado esta mudança?.......
Para tirar a prova entre na página do TSE e tente descobrir quanto gastaram os quatro principais candidatos a prefeito de Araguari.
www.tse.gov.br
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