A matéria postada aí embaixo deixa claro quem está por trás da novela que se arrasta por quase quatro anos, que é o retorno ao número de vagas nas câmaras municipais existentes em 2004.
Na sessão do senado que aprovou a PEC esta semana, o senador Aloísio Mercadante (PT) bradou que a PEC não deveria ter sido aprovada sem a redução dos gastos das câmaras. No dia seguinte a outra força petista no Congresso o deputado e presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT) não quis promulgar a emenda, alegando que a proposta havia sido mudada no senado e portanto se recusou a transformar a proposta em lei. Outra petista de carteirinha, senadora Ideli Salvati, de Santa Catarina, também foi um dos poucos votos contrários à PEC na votação.
Agora, o chefe maior da nação e correligionário dos dois citados acima, Luiz Inácio, disse que não precisamos de aumentar o número de vereadores. Depois dessa fica bem claro quem está abafando a proposta e qual seria o objetivo para tal façanha?
Assusta-nos esta atitude do partido que governa o país. Parece haver um movimento velado no sentido de castrar lideranças, de encolher a democracia brasileira.
Senão vejamos: do jeito que a Câmara dos Deputados quer não vai haver mudança, pois ninguém (nenhum presidente de câmara) em sã consciência permitirá o aumento do número de vereadores e a redução dos repasses financeiros que mantém as câmaras. No caso de Araguari por exemplo, o repasse cairia de 7 por cento do orçamento para 3,5, ou seja uma redução de 100 por cento. E ao mesmo tempo teríamos mais seis vereadores para serem pagos.
Se os donos do Brasil querem ou queriam reduzir os repasses porque não fizeram ao longo dos últimos quatro anos, quando seria o correto, porque houve a diminuição do número de vereadores, mas o repasse permaneceu o mesmo que era com 17?
Portanto, há realmente algo que preocupa neste cenário. O certo é que aumentando mais de 7 mil vereadores teríamos mais cabeças pensantes avaliando o cenário político, participando ativamente dele. E ainda: basta dar uma analisada e verá que a grande parte desses 7 mil suplentes não tem ligação com o partido dos que mandam na nação. É aquele velho ditado – não é hora de dar asas para cobra - sabendo que teremos uma eleição presidencial dentro de dois anos. Que interesse teria Lula e seus asseclas em ressuscitar esses milhares de suplentes?
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