domingo, 7 de dezembro de 2008

A era Eurico Miranda levou o Vasco para o buraco


O choro de muitas torcidas em 2000, quando praticamente se tomou o título do São Caetano, agora tem troco. Oito anos depois, no mesmo palco, o choro foi da torcida vascaína
No final de 2000, Eurico Miranda foi eleito, finalmente, presidente do Club de Regatas Vasco da Gama. Algo mais do que esperado, visto que àquela altura o Vasco caminhava para seu quarto título brasileiro e para a conquista da Copa Mercosul, ou seja, tinha um grande time de futebol. Aliás, é típica da cultura brasileira a vista grossa à corrupção quando as coisas nos outros aspectos estejam indo e acontecendo "mais ou menos bem". Em outros termos: o "rouba, mas faz". Assim, Eurico tomou posse no início de 2001 e, curiosamente, seu primeiro ato como presidente foi o de colocar o logotipo do SBT na camisa do Vasco. Isso foi em janeiro de 2001, no jogo remarcado contra o São Caetano (já que parte do alambrado de São Januário havia caído e o jogo em questão foi suspenso), valendo o título do campeonato brasileiro de 2000. Não preciso nem falar que foi um ato de forte hostilidade à Rede Globo, que vinha engrossando o caldo anti-Eurico e foi obrigada a transmitir a final com o logo da concorrente em destaque na transmissão.
A truculência de Miranda começou exatamente no Jogo entre Vasco e São Caetano, em dezembro de 2000, quando o todo poderoso, irresponsável, lotou o mesmo São Januário e provocou uma grande acidente que deixou mais de 200 feridos. O título foi praticamente ganho no grito.
Já em 2001, o futebol do Vasco da Gama dava os primeiros sinais de decadência. Pouco a pouco seus principais jogadores foram saindo, muitos deles, inclusive, tendo colocado o clube na justiça em função de dívidas trabalhistas. O dinheiro do clube foi secando (os títulos idem) muito em função da péssima imagem que Eurico Miranda transmitia aos investidores. Além disso, a administração anterior (Calçada, presidente do clube até 2001, e Eurico, o todo-poderoso do futebol do clube) criou uma dívida astronômica no Vasco.

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