quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Confirmada morte por hantavirose em Patrocínio


Patrocínio On-line

Na sexta-feira deu entrada no pronto socorro municipal de Patrocínio o tratorista Dicelio Pereira Ferreira de 31 anos morador na fazenda Cachoeira entre Patrocínio e Coromandel que depois de atendido foi liberado. Porém ele teve que retornar ao PS dois dias depois onde foi internado com suspeita de hantavirose. O tratorista recebeu atendimento médico e foi transferido para a UTI da Santa Casa onde morreu segundo sua esposa Heloisa Aparecida Alves na madrugada de terça-feira. O laudo médico de morte por insuficiência respiratória e hantavirose foi assinado pelo médico Cesar Faria. Apesar do atestado de óbito ter sido assinado como causa da morte pela doença, ainda está sendo aguardado o laudo final da FUNED – Fundação Ezequiel Dias de Belo Horizonte.

O outro possível caso de morte pelo vírus aconteceu no domingo, porém ainda não foi confirmado. Segundo informações preliminares Sebastião Borges morador da zona rural de Guimarânia.

Revolta

Indignada com a situação, a esposa de Dicelio, Heloisa Aparecida registrou boletim de ocorrência junto a Polícia Militar. Segundo a viúva, seu marido morreu por volta de 03h00min de terça-feira, porém só foi avisada do óbito seis horas depois. Heloisa conta que na segunda internação de Dicelio no pronto socorro, domingo foi tirada uma chapa de pulmão e por volta de três da manhã o médico de plantão disse que ele só receberia alta às sete horas de domingo. Contudo na troca de plantão, foi informado para Heloisa que seu marido teria que ficar mais tempo internado devido a uma alteração no sangue e a suspeita seria dengue. O paciente seria liberado na manhã de segunda, porém isso não aconteceu e Dicelio havia sido na verdade transferido para a UTI da Santa Casa. Heloisa ao retornar ao PS na manhã de terça-feira não conseguiu obter informações sobre seu marido e somente aos chegar à portaria da Santa Casa é que foi informada da morte de Dicelio.

Heloisa também conta que pediu os resultados dos exames, mas foi informada pelo hospital que só poderia receber os resultados ou o médico revelar o que aconteceu mediante um boletim de ocorrência policial.

Uma hora antes da saída do corpo para sepultamento no cemitério local, a família acionou a Polícia Militar onde registrou o boletim de ocorrência. O corpo de Dicelio foi retirado da funerária em que estava sendo velado e levado para a Santa Casa onde seria feita sua necropsia. Contudo ao chegar ao IML, o exame foi descartado pelo médico César Faria.

Nossa reportagem procurou a Santa Casa que não quis se pronunciar sobre o assunto. Já o coordenador da vigilância epidemiológica de Patrocínio não se encontrava na cidade.

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