segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Caso Jair dos Passos: arma adquirida no dia da morte

A polícia civil de Araguari começou a ouvir testemunhas no caso da morte, ainda sem esclarecimento, do dentista Carlos Jair dos Passos. A delegada Ana Cristina Marques Bernardes, da 51ª DRPC (Delegacia Regional de Polícia Civil) instaurou inquérito para apurar os fatos. Prestaram depoimento o produtor rural Luiz Paulo Ferreira e o caseiro Divino Carlos Fernandes, que encontraram o corpo e acionaram a Polícia Militar; o subtenente Márcio Henrique Soares, subcomandante do Oitavo Pelotão de Bombeiros Militar, que esteve à frente da guarnição que encaminhou a vítima ao Pronto-Socorro Municipal; e Anicésio Obalhe dos Santos, que vendeu o revólver para Jair.

Segundo apurou o Jornal Gazeta, Anicésio contou à polícia que em 2007, o cirurgião havia demonstrado o interesse em adquirir a arma, mas não houve acordo. Agora, na manhã desta nesta quinta-feira, os dois voltaram a se comunicar via telefone e acertaram a negociação. O vendedor receberia um tratamento dentário pela venda do revólver. Por volta do meio-dia, Jair passou na residência de Anicésio e buscou a arma, que não estava em seu nome, conforme divulgado anteriormente pela própria Polícia Militar.

Ainda conforme a testemunha, Jair afirmou que iria repassar o revólver para um irmão, o qual chegaria ao município nesta sexta-feira, dia 24.

Quanto ao depoimento de Luiz Paulo, ele contou que estava retornando para a cidade junto com Divino Carlos, quando depararam com o veículo parado e Jair com a cabeça ensangüentada. Imediatamente ele pegou o revólver e colocou atrás do pneu traseiro esquerdo e acionou o 190, porém, o telefonema foi atendido pela PM de Uberlândia. Com isso, ele deu o número do seu aparelho celular e pediu que o militar repassasse à PM de Araguari para que entrasse em contato com o mesmo.

Luiz Paulo revelou também que somente retirou a arma do colo de Jair por precaução. Divino Carlos confirmou a mesma versão de Luiz. Os dois permaneceram no local até que as autoridades chegassem. Em seguida, foram conduzidos à Depol para prestarem depoimento.

Por sua vez, o subtenente Márcio relatou que a equipe tentou reanimar a vítima, realizando todos os procedimentos possíveis, mas não houve êxito. O corpo de Jair deu entrada sem vida no Pronto-Socorro Municipal, onde centenas de pessoas se aglomeraram em busca de notícias.

Em contato com a reportagem, o delegado regional João Batista Borges disse que somente depois da entrega dos exames periciais será possível o fornecimento de informações concretas sobre o que ocorreu na tarde trágica da última quinta-feira.

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