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Depois do afastamento do antigo prefeito e do vice, acusados de compra de votos, os eleitores de Ipiaçu, no Pontal do Triângulo, voltaram às urnas neste fim de semana e escolheram o novo prefeito que vai ocupar o cargo por oito meses. Wagner Alves Paranaíba, do Democratas, foi eleito com 2.065 votos. O outro candidatoo, Ediones Faria dos Santos, do Partido dos Trabalhadores, teve 1.147 votos.
Duas chapas disputaram a eleição extemporânea. Parecia até final de campeonato de futebol. Como é proibido fazer campanha, a cidade se dividiu em duas. E cada lado vestiu a cor do partido de preferência. A Justiça Eleitoral pediu reforço. Policiais federais acompanharam de perto toda a movimentação.
A cassação
Em maio passado o prefeito Elizeu Francelino e o vice Wagner Ramalho Silva tiveram os mandatos cassados por causa de compra de votos durante a campanha. Na época, o presidente da Câmara, Valderico Pereira, assumiu a Prefeitura. Em janeiro desse ano, com a troca da presidência no Legislativo, Divino Alves da Costa foi a terceira pessoa a assumir a cadeira. Só em março o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinou uma nova eleição. Os candidatos tiveram menos de um mês para organizar a campanha.
Mas Ipiaçu não é a única cidade brasileira a ter eleição fora de época. De 2005 até hoje, outros 50 municípios também escolheram novos representantes para o Executivo. O número de prefeitos cassados é muito maior. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dos 5.562 candidatos eleitos na última eleição municipal, 254 tiveram os mandatos cassados pela justiça; 4.5% do total.
Minas Gerais está na frente. Vinte e dois prefeitos mineiros foram afastados pela justiça. Em seguida, vem a Bahia com dez cassações e depois a Paraíba, com nove.
Em outubro, os eleitores de Ipiaçu voltam às urnas para escolher um novo prefeito, vice e vereadores que vão assumir em primeiro de janeiro de 2009.
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