Insosso, amador e pouco habilidoso. Definimos assim o processo pré-eleitoral com vistas ao pleito de 2008 em Araguari. Aparentemente não existem costuras lógicas ou mesmo ilógicas com vistas a compor uma chapa de prefeito e vice. Mesmo as composições para as coligações à Câmara Municipal continuam travadas. Ninguém quer ceder. Os pré-candidatos, em sua grande maioria, se julgam acima do bem e do mal. Sempre são mais sabidos, outros tem o dinheiro que julgam suficiente para se eleger ou reeleger.
Trata-se de um processo estranho. Não há um trabalho que contemple apresentar opções lógicas, responsáveis, vislumbrando administrar um Município em desenvolvimento como é o caso de Araguari.
Já tivemos muitos erros no passado, fomos controlados por anos e anos pelos coronéis, perdemos o bonde da história na década de 60 e agora precisamos ter bom senso e discernimento. Vamos agora para os 120 anos de emancipação. Já dizia anos atrás o deputado Raul Belém: voto não é brincadeira. E não é mesmo! O voto errado pode comprometer toda uma cidade e inviabilizá-la não apenas momentaneamente, mas sim por anos.
Vivemos num Estado Democrático de Direito e, portanto, temos a obrigação de expressarmos nosso senso crítico, principalmente quando se trata de administração pública, pois afeta diretamente a nossa vida. Devemos ter a consciência e nos despir de vaidades, pois a política é para servir a comunidade e não ser servido.
Mas o objetivo deste artigo é mesmo chamar a atenção dos nossos políticos, que se não demonstrarem coerência, lógica e transparência nos acordos a serem firmados, se é que ocorrerão, dando bom exemplo aos olhos do eleitor-cidadão, podem cair no descrédito e contaminar negativamente o eleitor que irá às urnas no próximo mês de outubro.
Muitos são candidatos de si próprios, outros não tem apoio do próprio partido, outros se unem contra a Administração para tentar desgastar o candidato palaciano.
Com vistas à Prefeitura, o ex-prefeito Wanderlei Inácio é o “eterno candidato”. Agora unido à família Carpaneda, busca de novo a eleição. Insistente, o ex-prefeito parece querer retornar para fazer diferente do que fez antes. Saiu da prefeitura com a imagem bem desgastada o que lhe prejudica até hoje. O advogado Justino Carvalho , “Tininho” busca seu espaço na política local. É aquele jovem que ficou fora da cidade por alguns anos e retornou com um bom dinheiro e muitos ideais, tentando ser uma opção política. Buscou se eleger como deputado federal e agora é pré-candidato a prefeito.
Artur da Pilar, o engenheiro Artur, está também no páreo. Vive o dilema do partido, que se encolheu em relação aos filiados e tem agora somente os vereadores Toninho e Luiz Antônio Lopes. Foi candidato a prefeito na eleição passada, com pouca experiência e atingiu cerca de 11 mil votos. Tem seriedade. Sua sobrevivência vai depender de acordos com outros partidos.
Marlos Fernandes, que já passara pela vice-prefeitura e ficara dois anos como deputado estadual, conseguiu amadurecer politicamente. Homem centrado tem no momento a favor e contra si a imagem positiva ou negativa da Administração Marcos Alvim, da qual não tem como se desvincular. Vai somar as conquistas do prefeito, mas absorverá também os desgastes que sempre surgem, sobretudo em final de mandato. Terá que desembaraçar este nó.
Marcos Coelho de Carvalho é empresário sério de nossa cidade. O seu partido parece ainda discutir o apoio à sua candidatura. Pesa-lhe favorável a imagem de empresário bem sucedido, mas dizem ser pouco carismático para conquistar o eleitor. É aguardar.
Sergio Aparecido, o Serginho bagunça, é eterno candidato. Com certeza estará de novo no páreo por alguma legenda nanica.
Surgem ainda no cenário os nomes de Mary Simone Reis, Juberson Santos Melo, Alfredo Pastori (vereadores). E dos empresários Ramiro de Ávila e Leonardo Melo (PT). Ramirinho anda muito atarefado na Aracoop e acho que não topará uma disputa agora.
Esse é basicamente o cenário local e o quadro que se desenha para outubro.
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