Uberlandia e Araguari na mira da PF

A Polícia Federal começou hoje uma operação em Uberlândia e Araguari: os alvos são contadores e técnicos do Ministério do Trabalho que fraudavam o seguro desemprego. Sessenta policiais federais de Uberlândia, Uberaba e Belo Horizonte participaram da Operação Pleno Emprego. Foram cumpridos nove mandados de busca e sete de prisão. Foram apreendidos documentos em um escritório de contabilidade e na sede do Ministério do Trabalho em Uberlândia.
Estão presos os funcionários públicos Marivaldo José Fernandes, acusado de ser o chefe da quadrilha, Ana Karla de Oliveira e Izabel Mota Cursino. E ainda os contadores Willy Faustino Simão, Weverson Alberto Constantino, Fábio Ernane Cardoso e Ervânio Gomes Couto - dono do escritório OMC Contábil.
De acordo com o delegado regional Marinho Resende Júnior, os contadores e servidores usavam empresas inativas para contratar pessoas que eram demitidas logo depois. Estas pessoas recebiam o teto máximo pago pelo seguro desemprego. Para o sub-delegado do Ministério do Trabalho, Sebastião Alves Filho, o sistema que opera o segundo desemprego é frágil.
Os delegados estimam que em cinco anos a fraude tenha gerado R$18 milhões de prejuízos aos cofres públicos. A Polícia Federal desmantelou a quadrilha a partir de uma operação em dezembro do ano passado quando investigada a falsificação e o pagamento de mais de 70 benefícios.
Na época foi preso o coordenador técnico do Ministério do Trabalho, José Jonas de Carvalho. Segundo a Polícia Federal o funcionário cobrava para liberar o seguro desemprego com valor maior que a pessoa tinha direito. Ele recebia de R$300 a R$400 pela fraude. Os servidores e contadores presos estão na Polícia Federal e devem ser levados para o presídio Jacy de Assis até o fim da tarde.