quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Prédio da cadeia de Araguari será demolido

Cadeia Pública da Comarca: prédio tem seus dias contados
Jornal Gazeta do Triangulo
Alvo de muitas polêmicas ao longo da história de Araguari, a Cadeia Pública da Comarca está com os dias contados. O prédio, que funciona em anexo à Delegacia de Polícia (Depol), não vai mais abrigar presos como assim o fez desde a década de 90. A partir de agora, eles serão levados diretamente para o Presídio de Araguari ou para o estabelecimento prisional instalado no antigo Educandário Eunice Weaver (Preventório), na LGM 748, rodovia que dá acesso a Contenda.
Desde que saiu da Casa da Cultura e passou para a Avenida Mato Grosso, a Cadeia Pública acumulou um problema atrás do outro, como rebeliões, tentativas de fuga e até homicídios. O estado precário do prédio sempre gerou reclamações. Em uma certa ocasião, o juiz Rogério Fernal determinou que os presos fossem retirados do estabelecimento até que providências fossem tomadas. Eles foram abrigados no Ginásio Poliesportivo General Mário Brum Negreiros, em plena Avenida Coronel Theodolino Pereira de Araújo.
Na Era 2000, com a inauguração do Presídio Irmãos Naves (hoje Presídio de Araguari), uma ala da cadeia foi desativada, ficando o prédio com um espaço ocioso. Agora, no início de 2008, após a grande repercussão do crime de tortura que vitimou Agamenon Pereira do Nascimento, a Justiça determinou que os agentes penitenciários deixassem a carceragem do local. Com isso, os presos foram transferidos e apenas os menores apreendidos permanecem na cadeia, sob a vigilância da Polícia Judiciária, até que a Curadoria da Infância e Juventude decida o destino dos mesmos.
Entrevistado pelo Jornal Gazeta, João Batista Borges, titular da 51ª Delegacia Regional de Polícia Civil, assegurou que o atual prédio será demolido a qualquer momento. Ele entende que não há policiais suficientes para ficar tomando conta de presos naquele local.
“É um espaço que devemos aproveitar, possivelmente com a criação de um centro educativo ou algo semelhante. Esperamos a colaboração da comunidade araguarina nessa empreitada”, comentou o delegado regional.
Possivelmente ainda nesta semana, João Batista Borges participará de uma reunião com representantes do Judiciário e do Ministério Público, quando a pauta será o futuro da cadeia.

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