terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Reconstituição da morte de idosa não pode ser concluída

A Polícia Civil de Uberlândia não teve como concluir hoje (terça-feira, 26) a reconstituição da morte da aposentada Enedina Pereira Fernandes, 84 anos, ocorrida no dia 16 de fevereiro. Segundo a delegada interina de Homicídios, Adriana Couto Ladeira, durante o ato, o genro da vítima, Valdemir Pereira de Rezende, 69 anos, que havia confessado o crime na última quinta-feira, 21, voltou atrás na confissão, insistiu na tese de suposto latrocínio, entrou em contradição, e ao final, depois de não convencer a polícia no que dizia, confessou, novamente, o crime. “Isso”, conforme a delegada, “dificultou o prosseguimento da reconstituição”.
De acordo com a delegada, diante da interrupção, a polícia prosseguirá em novas diligências para confirmar a autoria e não descarta possibilidade de refazer os passos do ocorrido. “Para se fazer uma reconstituição, a polícia precisa de dados suficientes para refazer todos os passos e ele não colaborou; no início disse ter sido um latrocínio, entrou em várias contradições ao descrever como foi o roubo, depois confessou de novo (o crime)”. Mesmo assim, e com as novas investigações, conforme a delegada, a Polícia Civil pretende encerrar o inquérito dentro do prazo normal.
Enedina Pereira Fernandes foi assassinada a golpes de marreta. No dia dos fatos o genro contou que ele e a aposentada tinham sido surpreendidos, dentro de casa, por um assaltante. O suposto criminoso, depois de pular o muro da residência, roubou-lhe R$ 80, o trancou no banheiro e desferiu os golpes na cabeça da vítima. Conforme a versão do genro, na hora somente ele e a aposentada estavam na casa. Ele só conseguir sair do banheiro depois que a mulher chegou e ele gritou para ela que estava trancado.
Já no dia 21, Valdemir confessou aos familiares e a um amigo, que matara a sogra para “aliviar-lhe” o sofrimento, uma vez que a aposentada sofreu derrame há oito anos e desde então vivia em uma cadeira de rodas e que só não confessou que havia mentido sobre o suposto latrocínio porque queria participar do velório. “Tudo isso está sendo apurado, inclusive sobre a motivação do crime e se houve a participação de mais pessoas”, comentou a delegada. Ao confessar o delito, Valdemir disse que “fez tudo sozinho”.
A reconstituição teve início pouco depois das 9 horas e foi acompanhada pelo advogado Júlio Antônio Moreira, que defende Valdemir. Para que houvesse a reconstituição, a Polícia Civil montou um forte aparato de segurança no quarteirão da residência da família. Todo o trabalho foi supervisionado pelo delegado regional adjunto Gilmar Souza Freitas.

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Informações: Delegada Adriana Couto Ladeira – Fone: (34)-3228-4365
Release do amigo jornalista Pedro Popó

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